105 mil cirurgias desse tipo. Os dados estatísticos referente a obesidade no Brasil apontam que para cada cinco pessoas uma é obesa, e com todos os riscos a saúde que essa condição traz, a cirurgia bariátrica surge como uma boa opção, desde que sejam avaliados diversos fatores antes, e haja mudanças comportamentais e acompanhamento eficaz após a cirurgia.
Algumas pessoas trazem consigo a ilusão de que esse procedimento é a solução de todos os seus problemas, é algo magico, que tão logo ele se realize a pessoa pode voltar a seus hábitos alimentares antigos sem os riscos e problemas anteriores. Lamento informar, mas não é bem assim, nesse caso o primeiro passo é desconstruir essa ilusão para evitar a decepção depois, e construir alicerces sólidos e conscientes a respeito desse assunto. Vamos começar conhecendo os 4 tipos de cirurgias bariátricas aprovas no Brasil:
1. By-pass gástrico: atualmente 75% das cirurgias bariátricas são desse tipo. Através de grampeamento se reduz o estômago e a parte inicial do intestino é desvia, com isso a ação dos hormônios da saciedade é ampliando.
2. Duodenal Switch: É feita a retirada de 60% do estômago e desvia o intestino. Apesar de ser eficaz para perda de peso, leva à perda de absorção de nutrientes. Indicada para obesos mórbidos.
3. Gastrectomia vertical: Embora também mexa com os hormônios da saciedade, comparada ao By-pass gástrico não é tão eficiente nos casos de diabetes. Deixa o estômago parecido com um tubo.
4. Banda gástrica ajustável: Esse tipo não produz mudanças hormonais consiste em restringir o estômago com um anel de silicone, em função da sua baixa eficácia não é muito utilizada.
Em se tratando do controle da diabetes, ninguém nega a eficácia da cirurgia bariátrica, contudo observa-se que os transtornos mentais é uma condição bastante comum quando se fala em obesidade, há uma prevalência elevada desses transtornos em pacientes obesos, e como também há uma alta diversidade de fatores envolvidos na gênese da obesidade, cada vez mais psicólogos e psiquiatras integram as equipes multiprofissionais envolvidas nessas cirurgias. É frequente encontrar alguns transtornos mentais tais como: depressão, transtorno de ansiedade, agorafobia, compulsão alimentar, distorção da imagem corporal, baixa autoestima, transtorno bipolar, transtorno de pânico dentre outros. Os mais comuns são a ansiedade e a depressão que formam um ciclo perigoso, a associação entre a obesidade e a ansiedade e depressão é uma via de mãos dupla, pois esses transtornos favorecem o desenvolvimento da obesidade assim como a obesidade parece aumentar a incidência da depressão e da ansiedade. Os transtornos mentais por serem crônicos são associados a uma adaptação comportamental mais difícil, comprometendo o prognóstico no pós operatório culminando com uma baixa perda de peso.